Ibovespa cai 0,31% em 9/10/2025; Petrobras e dólar puxam baixa
out, 10 2025
O Ibovespa fechou em baixa de 0,31% nesta quinta‑feira, 9 de outubro de 2025, aos 141.708,19 pontos, com a pressão combinada das ações da Petrobras e da alta do dólar comercial. O índice, que já acumula alta de 17,81% no ano, perdeu força depois que o governo sofreu um revés no Congresso e que os mercados globais se mostraram mais avessos ao risco.
Contexto do pregão: da boa notícia ao revés
O dia começou otimista. Dados do IPCA divulgados na manhã indicaram inflação abaixo das expectativas, o que inicialmente levantou o humor dos investidores. Por volta das 10h, o Ibovespa chegou a 142.800 pontos, sinalizando que a jornada seria de alta. Mas a maré virou quando, às 13h55, a Camara dos Deputados aprovou um requerimento que retirou de pauta a Medida Provisória 1303 – proposta de taxação de aplicações financeiras – comprometendo parte das expectativas de arrecadação do governo.
Logo em seguida, a atenção dos traders mudou para o cenário externo. O dólar comercial encerrou o dia a R$ 5,37, alta de 0,51% segundo a Bloomberg, enquanto o Infomoney registrou R$ 5,344 com variação mínima. A combinação de risco político interno e aversão ao risco global foi suficiente para arrastar o Ibovespa para a zona de queda.
Desempenho setorial: quem deu o tom?
No universo das ações, a Brava (BRAV3) despencou 5,09%, sendo a maior baixa do dia. Em contrapartida, a WEG (WEGE3) liderou o rally, subindo 4,79% graças a notícias de novos contratos internacionais e ao anúncio de um programa de recompra de ações.
As petroleiras, em especial a Petrobras, fecharam em queda de 2,3%, reflexo da expectativa de manutenção de preços do petróleo e do forte movimento de venda de investidores que temiam uma desaceleração do crescimento econômico global.
Reações do poder público e dos analistas
Quando a derrota no Congresso ficou clara, Fernando Haddad, ministro da Fazenda já havia avisado que o governo manteria seus compromissos fiscais independentemente do desfecho da MP 1303. Em entrevista ao Nordinvestimentos, Haddad afirmou que “os pilares da responsabilidade fiscal permanecem intactos”, mas que novas estratégias de arrecadação – como o ajuste de alíquotas tributárias e o controle de gastos discricionários – seriam estudadas nos próximos dias.
O BTG Pactual, representado pelo analista Carlos Braga, destacou que o foco dos investidores agora se volta para o “pacote de medidas de ajuste que o governo poderá apresentar após a votação da MP”. Segundo ele, a volatilidade pode recuar se o Executivo conseguir convencer o mercado de que há um “caminho claro” para cumprir a meta de déficit primário de 0,5% do PIB em 2026.
Impacto internacional: ação de Donald Trump e o cessar‑fogo entre Israel e Hamas
O mesmo dia trouxe notícia inesperada do Oriente Médio: o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou um acordo de cessar‑fogo entre Israel e o grupo militante Hamas. O plano previu a libertação de dezenas de reféns israelenses em troca de prisioneiros palestinos e foi celebrado como o maior avanço diplomático desde o início do conflito em 2023.
Embora o conflito esteja longe de ser resolvido, o alívio das tensões na região contribuiu para a queda de ativos considerados mais arriscados nas bolsas globais, inclusive nos contratos futuros de índices dos EUA. O S&P 500 recuou 0,28% e o Nasdaq fez leve baixa de 0,08% – reflexos diretos de uma maior cautela dos fundos de hedge que, tradicionalmente, possuem participação relevante nas carteiras de investidores brasileiros.
Perspectivas para os próximos dias
Os olhos permanecem no discurso do chair do Federal Reserve, Jerome Powell. Até agora, Powell tem sinalizado que a política de controle da inflação continuará, mas que o banco central não descartará a ideia de pausas nas elevações de juros caso o mercado de trabalho mostre sinais de desaceleração. Essa postura influenciará diretamente o preço do dólar e, por extensão, a atratividade de ações exportadoras como a Petrobras.
Para o Ibovespa, o próximo ponto de inflexão será a apresentação, ainda nesta semana, de um novo plano de ajuste fiscal pelo governo. Se o Executivo conseguir apresentar medidas que conciliem arrecadação e responsabilidade fiscal, a confiança pode retornar e impulsionar a bolsa. Caso contrário, a tendência de baixa pode se consolidar, sobretudo se os mercados internacionais permanecerem em clima de incerteza.
Resumo dos fatos mais relevantes
- Ibovespa fecha a R$ 141.708,19, queda de 0,31%;
- Dólar comercial encerra em R$ 5,37 (+0,51%);
- Petrobras recua 2,3% e Brava despenca 5,09%;
- MP 1303 é retirada de pauta, gerando dúvida fiscal;
- Donald Trump anuncia cessar‑fogo entre Israel e Hamas.
Perguntas Frequentes
Como a queda do Ibovespa afeta o investidor pessoa física?
A desvalorização reduz o valor das carteiras que mantêm ações de empresas como Petrobras, Vale ou Itaú. Investidores podem ver perdas de 2% a 5% em poucos dias, o que costuma levar a reavaliações de risco e, em alguns casos, à migração para ativos de renda fixa.
Por que a retirada da MP 1303 impacta a bolsa?
A MP 1303 previa a taxação de aplicações financeiras, o que aumentaria a arrecadação do governo. Sua retirada cria incerteza sobre como o Executivo vai fechar o déficit, gerando temores de que serão necessárias medidas mais agressivas ou cortes de gastos, afetando a confiança dos investidores.
Qual a relação entre a alta do dólar e a queda das ações da Petrobras?
Um dólar mais caro encarece as importações e pressiona a inflação, mas também reduz a competitividade das exportadoras de petróleo ao tornar a receita em reais menos atrativa. Assim, investidores tendem a vender ações da Petrobras quando o real se desvaloriza frente ao dólar.
O que o acordo de cessar‑fogo entre Israel e Hamas pode mudar nos mercados?
A redução da tensão geopolítica tende a baixar a aversão ao risco, favorecendo ativos de renda variável global. No Brasil, isso pode ser percebido em menor pressão de venda nos contratos de futuros de índices e, eventualmente, num leve alívio para o real.
Quais são as próximas decisões do governo que podem virar o jogo da bolsa?
A apresentação do novo pacote de ajuste fiscal e a definição de medidas sobre a tributação de renda e ganhos de capital são as mais aguardadas. Um plano que mostre viabilidade de cumprir a meta de déficit primário sem drásticos cortes pode reestabelecer a confiança e impulsionar o Ibovespa nos próximos dias.
Maria Daiane
outubro 10, 2025 AT 04:54O cenário atual do Ibovespa evidencia a intersecção entre política fiscal e volatilidade cambial, refletindo a necessidade de uma análise multidisciplinar que incorpore tanto teorias macroeconômicas quanto a percepção de risco dos agentes de mercado. A retirada da MP 1303 gera uma incerteza estrutural que pode comprometer a previsibilidade das receitas públicas, impondo desafios adicionais às estratégias de hedge das instituições financeiras. Ademais, a correlação entre a alta do dólar e o desempenho de ativos exportadores, como a Petrobras, requer atenção especial ao ajuste de portfólio, especialmente para investidores com perfil moderado a conservador. É crucial, portanto, que os gestores de fundos considerem mecanismos de diversificação que mitigam a exposição cambial, sem sacrificar a exposição ao potencial de recuperação do setor de energia.
Paula Athayde
outubro 12, 2025 AT 22:54É inacreditável que a gente ainda tenha que lidar com essas decisões improvisadas do governo 😡🇧🇷! Enquanto eles ficam de cabeça para baixo, o dólar ainda sobe e nossos investimentos despencam. Não dá mais para ficar calado diante desse caos!
Ageu Dantas
outubro 15, 2025 AT 16:54Mais um dia de drama na bolsa, e eu aqui de camarote, assistindo tudo desmoronar como se fosse um filme de terror sem final feliz. Parece que a única constante é a incerteza, e isso drena a energia de quem tenta entender o que está acontecendo.
Rafaela Gonçalves Correia
outubro 18, 2025 AT 10:54Olha, eu sempre acreditei que cada decisão política tem um lado oculto que poucos enxergam, e essa retirada repentina da MP 1303 não poderia ser diferente. É quase como se existisse um grupo nos bastidores manipulando a agenda para favorecer interesses que nem percebemos. Além disso, a aversão ao risco global, alimentada por esses movimentos inesperados, cria um ambiente propício para que teorias da conspiração ganhem força. Não podemos ignorar que, historicamente, episódios como esse são precedidos por grandes mudanças estruturais que beneficiam apenas uma minoria privilegiada. De qualquer forma, a bolsa está reagindo como sempre: com medo, especulação e muita volatilidade. Portanto, minha sugestão é manter a calma, analisar os fundamentos reais das empresas e não se deixar levar por narrativas superficiais.
Luciano Pinheiro
outubro 21, 2025 AT 04:54A situação realmente exige uma postura equilibrada: reconhecer o impacto negativo do dólar alto nas ações de exportação, mas também observar que setores como tecnologia e consumo interno podem oferecer oportunidades de ganho. A diversificação continua sendo a estratégia mais prudente.
caroline pedro
outubro 23, 2025 AT 22:54É imprescindível analisar o panorama macroeconômico com profundidade, pois a volatilidade atual não é mero efeito de um único acontecimento, mas sim o resultado de uma série de fatores interdependentes que moldam o ambiente de investimentos. Primeiro, a retirada da MP 1303 do cronograma legislativo cria uma lacuna de arrecadação que pode pressionar a política fiscal em um futuro próximo, exigindo medidas compensatórias que, por sua vez, podem impactar a confiança dos investidores. Segundo, o aumento do dólar, enquanto reflete a aversão ao risco global, também altera a competitividade das empresas exportadoras, especialmente aquelas que dependem de receitas em moeda estrangeira, como a Petrobras, modificando seus fluxos de caixa previstos.
Em terceiro lugar, a percepção de risco político interno, acentuada pelo revés no Congresso, tende a desencadear movimentos de torcida de capital para ativos de menor risco, como títulos públicos, o que pode gerar uma pressão adicional sobre o Ibovespa. Quarto ponto, a conjuntura internacional, com a notícia do cessar-fogo no Oriente Médio, tem efeito paradoxal: enquanto reduz a tensão geopolítica, também sinaliza que o mercado está avaliando a possibilidade de novas fontes de incerteza, mantendo os investidores em estado de alerta.
Além disso, os analistas apontam que o próximo pacote de ajuste fiscal será crucial para determinar a direção do índice nos próximos dias. Se o governo apresentar medidas críveis, equilibrando arrecadação e responsabilidade fiscal, isso pode restaurar a confiança e estimular uma retomada dos investimentos. Caso contrário, a tendência de baixa pode se consolidar, influenciando negativamente não apenas o Ibovespa, mas também o sentimento geral sobre a economia brasileira.
Por fim, recomendo que os investidores considerem estratégias de hedge cambial e diversificação setorial, alocando parte de seus recursos em ativos que apresentem menor correlação com o dólar e maior resiliência a choques políticos. Essa abordagem pode mitigar riscos e oferecer um caminho mais estável frente à atual turbulência.
celso dalla villa
outubro 26, 2025 AT 16:54Essa baixa é só temporária.
Valdirene Sergio Lima
outubro 29, 2025 AT 10:54Observa‑se, claramente, que a remoção da Medida Provisória 1303 introduz uma camada adicional de incerteza fiscal; tal fato, por conseguinte, tem o potencial de desencadear reavaliações de risco por parte dos agentes de mercado, os quais, em situações análogas, tendem a realinhar suas posições em consonância com a nova percepção de estabilidade macroeconômica.
Ismael Brandão
novembro 1, 2025 AT 04:54Não desanimem, pessoal! Mesmo com a queda, ainda há oportunidades para quem busca valor. Lembrem‑se de que o mercado tem ciclos, e a paciência costuma ser recompensada. Vamos analisar onde estão os fundamentos sólidos e manter a cabeça fria.
Luís Felipe
novembro 3, 2025 AT 22:54É evidente que a elite econômica manipula esses jogos de poder para manter a hegemonia. Enquanto isso, o cidadão de bem paga o preço da inflação e da instabilidade cambial.
Gustavo Cunha
novembro 6, 2025 AT 16:54Olha, o sobe e desce é normal, mas a gente tem que ficar de olho nas empresas que realmente têm bons fundamentos. Não vale entrar na pânico.
Raif Arantes
novembro 9, 2025 AT 10:54Todo esse cenário é sintoma de uma agenda secreta que visa desestabilizar a economia. A alta do dólar não é aleatória; ela serve a interesses ocultos que não queremos aceitar. Por isso, é crucial que cada investidor se torne mais crítico e questione quem realmente se beneficia dessa volatilidade.
Sandra Regina Alves Teixeira
novembro 12, 2025 AT 04:54Vamos aproveitar esse momento para reforçar a confiança no mercado brasileiro! Cada desafio nos dá a chance de mostrar nossa resiliência e criatividade. Juntos, podemos transformar a crise em oportunidade.
Bruno Maia Demasi
novembro 14, 2025 AT 22:54Ah, claro, porque o mundo financeiro nunca tem nada de trivial. Só não bastava a MP, agora a taxa de câmbio resolve tudo. Que surpresa hilariante.
Andressa Cristina
novembro 17, 2025 AT 16:54Vixi, que bagunça! 😅📉 Mas vamos ficar de boa, que logo tudo se ajeita! 🙏💪
Shirlei Cruz
novembro 20, 2025 AT 10:54Prezados colegas, é fundamental manter a compostura ao analisar os efeitos da ação política recente sobre o mercado acionário, considerando tanto os indicadores macroeconômicos quanto as perspectivas setoriais.
Williane Mendes
novembro 23, 2025 AT 04:54É notório que a narrativa oficial tenta mascarar as reais motivações por trás da retirada da MP 1303. Enquanto isso, investidores experientes observam atentamente as oscilações do Ibovespa, buscando pistas sobre possíveis manipulações de mercado. A história se repete, e a resistência nasce da consciência coletiva.