iPhone 17 estreia com redesign radical; Apple lança iPhone Air e renova ecossistema

iPhone 17 estreia com redesign radical; Apple lança iPhone Air e renova ecossistema set, 10 2025

O grande redesenho: iPhone 17 Pro e Pro Max

A Apple mexeu no iPhone como não fazia há dez anos. No evento de setembro, os iPhone 17 Pro e Pro Max abriram espaço para um visual totalmente novo e um recado claro: a empresa quer outra década no topo. A mudança que salta aos olhos é a barra de câmeras que atravessa a traseira de ponta a ponta, com três sensores de 48 MP alinhados e, ao lado, flash, sensor de luz e microfone.

É uma solução estética e funcional. Ao concentrar o módulo em uma faixa horizontal, a Apple distribui melhor peso e volume, reduz o “calombo” em um ponto e libera área interna. O resultado, segundo a empresa, é um conjunto mais rígido e com melhor dissipação de calor, crucial para um aparelho que promete gravar em formatos profissionais e rodar apps pesados sem engasgos.

Outra virada que chama atenção: os modelos Pro deixaram o titânio. A moldura agora é de alumínio, mas não qualquer alumínio. A Apple integrou uma câmara de vapor projetada pela própria empresa, soldada a laser a um unibody de alumínio leve, resistente e altamente condutivo. A engenharia por trás disso mira duas dores antigas do usuário: aquecimento e autonomia.

No coração dos Pro, o novo chip A19 Pro empurra a performance. A Apple não detalhou números finos no palco, mas reforçou que CPU, GPU e motor neural sobem de patamar, com ganhos em tarefas de IA generativa, edição de vídeo e fotografia computacional. Com o resfriamento reforçado, o chip consegue manter picos por mais tempo, e a promessa de “salto enorme” de bateria fecha o pacote.

As câmeras compõem um trio de 48 MP: principal, ultrawide e um teleobjetiva redesenhada. A Apple fala em equivalentes a oito distâncias focais na prática, com o zoom de “qualidade óptica” chegando a 8x. Isso indica uma mistura de óptica mais ambiciosa com recorte inteligente dos sensores de alta resolução. A ideia é entregar alcance sem sacrificar textura e cor, mesmo à noite.

Na frente, estreia uma câmera de 18 MP com Center Stage — o enquadramento automático que acompanha o rosto, famoso no iPad, chega ao iPhone e promete melhorar chamadas e vlogs gravados do próprio aparelho. Criadores também ganham ferramentas raras em smartphones: ProRes RAW, Apple Log 2 e até genlock, recurso que sincroniza múltiplas câmeras para filmagens multicâmera sem drift de quadros.

A proteção ganhou upgrade visível. O Ceramic Shield 2 promete resistência a riscos três vezes maior na parte frontal e, pela primeira vez, se estende à traseira do iPhone. Para quem usa o aparelho sem capa — ou vive trocando de bolso — isso muda o jogo no dia a dia.

Em um resumo rápido do que muda nos Pro:

  • Barra de câmeras com três sensores de 48 MP e acessórios (flash, sensor de luz, microfone) alinhados
  • Estrutura unibody de alumínio com câmara de vapor soldada a laser
  • Chip A19 Pro com foco em desempenho sustentado e IA
  • Zoom de qualidade óptica de até 8x e vídeo com ProRes RAW, Apple Log 2 e genlock
  • Ceramic Shield 2 na frente e atrás, com resistência a riscos 3x maior na tela

O conjunto tenta equilibrar um triângulo difícil: potência, refrigeração e peso. A troca do titânio por alumínio pode soar como “downgrade” à primeira vista, mas a solução térmica e o unibody sugerem um objetivo maior: manter o desempenho alto sem throttling e, de quebra, liberar espaço interno para bateria e câmeras.

Linha padrão, iPhone Air e o recado do ecossistema

O modelo base também mudou de patamar. O iPhone 17 cresceu para 6,3 polegadas (mais 0,2" em relação ao 16) e, enfim, ganhou tela a 120 Hz. Para quem edita vídeo, joga ou simplesmente rola o feed, a diferença na fluidez é nítida. É uma decisão que aproxima a experiência do usuário comum daquilo que antes ficava restrito aos Pro.

A câmera ultrawide agora tem 48 MP, o que abre margem para capturas com mais detalhe e recortes com menos perda. E a base de armazenamento subiu: 256 GB de fábrica, dobrando a geração anterior. O preço nos EUA também subiu 100 dólares (agora US$ 799), mas a Apple usa a memória maior como justificativa. Para quem vive apagando vídeos e apps, faz sentido.

As cores do iPhone 17 apostam em tons suaves: lavanda, azul névoa, preto, branco e sálvia. Não é só estética; a paleta conversa com a proposta de um aparelho mais “premium” mesmo fora dos Pro, e ajuda a diferenciar a linha em prateleira.

A grande novidade de posicionamento, porém, é o iPhone Air. Ele entra a US$ 999, aparentemente no lugar do antigo “Plus”. A leitura é direta: em vez de oferecer apenas um iPhone maior, a Apple abre uma categoria mais leve e ultrafina, mirando quem prioriza portabilidade sem abrir mão de desempenho.

A empresa não detalhou todas as medidas do Air, mas a mensagem é clara. Leveza e espessura menor viram argumento central, com hardware potente o bastante para ficar entre o iPhone 17 e o Pro. Para muita gente, é o meio-termo ideal: nem o preço dos Pro, nem a sensação de “aparelho de entrada”.

Com o Air, a família fica assim, por faixa de preço nos EUA:

  • iPhone 17 (256 GB): US$ 799
  • iPhone Air: US$ 999
  • iPhone 17 Pro: US$ 1.099
  • iPhone 17 Pro Max: US$ 1.199

A mudança cria degraus mais claros de escolha. Quem quer custo-benefício encontra a tela 120 Hz e 256 GB no iPhone 17. Quem busca leveza e design ultrafino tem o Air. E quem precisa de câmera e vídeo no estado da arte vai de Pro ou Pro Max.

Nesse desenho, a Apple também simplifica estoque e comunicação. O “Plus”, que vivia preso entre uma bateria maior e um corpo mais pesado, sai de cena. O Air deve herdar o público que queria um iPhone mais confortável no bolso e na mão, sem abrir mão de boa tela e bateria suficiente para o dia.

Do ponto de vista de fotografia, o salto na base e o pacote pro consolidam um caminho que a Apple vem seguindo: sensores de alta resolução combinados com inteligência de software. O tal “zoom de qualidade óptica” de 8x deixa claro que o segredo não está só na lente, mas em como o sistema faz binning, recorta o sensor e mescla quadros.

Para vídeo, ProRes RAW e Apple Log 2 não são só nomes bonitos. RAW abre latitude para correção de cor pesada; Log 2 expande faixa dinâmica, segurando altas luzes e sombras; e genlock resolve um problema clássico em set: sincronizar várias câmeras sem que uma “descole” da outra ao longo da gravação. Ver isso num telefone muda workflows de produtoras, eventos e creators avançados.

Na proteção, o Ceramic Shield 2 na frente e atrás é um recado de durabilidade. Resistência a riscos não é o mesmo que resistência a quedas, mas telas que marcam menos no bolso com a chave já representam menos visitas à assistência.

Em termos de usabilidade, a câmara de vapor integrada ao unibody tende a beneficiar jogatina e edição sob sol, quando o aparelho costuma esquentar e reduzir brilho. Se o A19 Pro sustenta clocks altos por mais tempo, dá para esperar menos quedas bruscas de desempenho em jogos competitivos e menos travamentos ao exportar vídeos grandes.

Fora dos iPhones, a Apple mexeu em todo o ecossistema. Os AirPods Pro 3 chegam com monitoramento de batimentos, algo que pode virar aliado em corrida, treino e até checagens rápidas de estresse. A promessa de áudio melhorado segue a tradição de refinamentos anuais, e o sensor cardíaco embutido deve conversar com o app Saúde, fechando laço com o relógio.

Falando em relógio, o Apple Watch Ultra 3 adiciona conectividade via satélite e, segundo a empresa, entrega a maior autonomia já vista em um Apple Watch. Para trilhas longas, travessias e esportes de aventura, isso faz toda a diferença. O Series 11, por sua vez, ficou mais fino, ganhou ajustes de design e recursos de saúde com IA mais ativa, ampliando alertas e leituras contextuais.

As capas também ganharam capítulo. Sai a polêmica FineWoven, entra a linha “TechWoven”, com tecido mais encorpado e promessa de maior resistência. É um movimento que atende críticas sobre desgaste prematuro e aparência após poucas semanas de uso.

Para o consumidor, o efeito prático do evento é simples: mais opções reais de compra. Não é só “mais do mesmo com novo nome”. Há mudanças tangíveis de tela, câmera, materiais, bateria e até de filosofia de produto, com a criação do Air. Quem comprou iPhone 15 ou 16 talvez não veja urgência em trocar, mas para quem segurou por três ou quatro anos, a geração 17 marca um divisor.

E o Brasil? A Apple divulgou preços em dólar e o início de vendas nos EUA. A disponibilidade em outros mercados costuma seguir nas semanas seguintes, com valores locais ainda a confirmar. Dólar, impostos e produção local influenciam bastante, então a expectativa é de uma tabela diferente por aqui.

Olhando adiante, a barra de câmeras deve virar a nova assinatura visual do iPhone. É fácil de reconhecer a distância, resolve um problema prático e abre caminho para sensores e lentes ainda maiores sem comprometer o interior do aparelho. Com o A19 Pro e o foco em IA embarcada, a Apple também se posiciona para o próximo round de apps generativos e recursos on-device.

A mensagem final do palco foi pragmática: desempenho mais alto, menos calor, mais bateria e câmeras pensadas para foto e cinema de verdade. O resto do ecossistema acompanha, dos fones ao relógio. Para a Apple, é um daqueles anos em que a linha faz um “clique” e muda de fase.

Principais pontos do anúncio, em uma lista só:

  • Redesign completo nos iPhone 17 Pro e Pro Max, com barra de câmeras de ponta a ponta
  • Estrutura de alumínio com câmara de vapor soldada a laser; salto de desempenho e autonomia
  • Trio de câmeras de 48 MP e zoom de qualidade óptica de até 8x; vídeo com ProRes RAW, Log 2 e genlock
  • iPhone 17 padrão com tela de 6,3" a 120 Hz, ultrawide de 48 MP e 256 GB de base
  • iPhone Air estreia como categoria ultrafina a US$ 999, substituindo o “Plus”
  • Ceramic Shield 2 na frente e atrás, com 3x mais resistência a riscos na tela
  • Preços nos EUA: US$ 799 (iPhone 17), US$ 999 (Air), US$ 1.099 (Pro), US$ 1.199 (Pro Max)
  • AirPods Pro 3 com leitura de batimentos e áudio melhorado; Apple Watch Ultra 3 com satélite; Series 11 com saúde e IA reforçadas
  • Novas capas “TechWoven” no lugar da FineWoven

Se a Apple queria um iPhone que parecesse novo de verdade, conseguiu. O próximo passo é ver como essas promessas se traduzem na vida real quando os aparelhos chegarem às mãos dos usuários — e dos criadores que vão testar os limites desse conjunto.